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07.07.2020

ENSINO SUPERIOR NO OESTE COMPLETA 50 ANOS COM A CRIAÇÃO DA FUNDESTE/UNOCHAPECÓ

O dia 4 de julho de 1970 representa, para a região Oeste de Santa Catarina, o início de um importante processo de desenvolvimento, que tem como base o conhecimento. Nesta data foi criada a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), a mantenedora da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), da Farmácia Escola e do Instituto Goio-En. São 50 anos de uma história que já transformou a vida de mais de 38 mil pessoas por meio da formação superior, e outras milhares pelos atendimentos realizados através dos programas e projetos de extensão da Instituição. Mas para entender melhor essa história, é preciso voltar lá no início, onde tudo começou.

Antes da criação da Fundeste/Unochapecó, cursar ensino superior era algo distante e para poucos. Afinal, os moradores do Oeste precisavam se deslocar até grandes centros, como Florianópolis, Curitiba ou Porto Alegre para buscar profissionalização. No entanto, as lideranças do passado enfrentaram as adversidades da época, pois entenderam que trazer o ensino superior para mais perto seria um divisor de águas para toda a região. E estavam certos!

Foi com esse propósito que autoridades de 37 municípios, lideranças e representações de segmentos da sociedade se reuniram em uma Assembleia, no dia 4 de julho de 1970, para criarem a Fundeste. A Fundação, instituída por lei municipal, e com gestão comunitária, foi assinada pelo então prefeito João Destri, e coordenada pelo secretário dos Negócios do Oeste, Plínio Arlindo De Nês, com a participação ativa do bispo diocesano da época, dom José Gomes, que foram os primeiros presidente e vice, respectivamente. Assim, por meio da comunidade, surgiu a Fundeste/Unochapecó. E é pela comunidade que essa história de desenvolvimento e superação foi construída.

A criação, no entanto, era o primeiro passo para o sonho do ensino superior no Oeste. Depois disso, foi preciso pensar e preparar o espaço físico para receber estudantes. As primeiras reuniões aconteciam no quinto andar da antiga Secretaria de Negócios do Oeste, até que o Seminário Diocesano fosse o local escolhido como o primeiro campus da Fundação. Tudo isso aconteceu nos dois anos que sucederam a criação da Fundeste, já que foi somente em 1972 que começaram de fato as primeiras aulas do curso de Pedagogia. O primeiro curso de ensino superior da Fundeste/Unochapecó e do Oeste catarinense.

Entre os estudantes da primeira turma de Pedagogia, estava Ilona Luizyta Maccari, na época com 26 anos. Ela decidiu frequentar o curso, pois já trabalhava com educação, como professora orientadora de matemática para professores de primeira a quarta série. Ela conta que o curso surgiu após o governo do Santa Catarina implantar um Plano Estadual de Educação, visando diminuir a repetência e a evasão escolar. Assim, o curso também teve o objetivo de suprir a falta de mão de obra especializada nas unidades escolares do Estado.

“Houve a necessidade de habilitar os professores para todas as áreas de ensino, porque aqui em Chapecó, e até em Santa Catarina, não havia professor, ele tinha no máximo o magistério, que é a nível de segundo grau, que habilitava o professor para lecionar de primeira a quarta série primária”, conta.

Uma nova realidade para o Oeste catarinense

O primeiro curso, as primeiras aulas. Tudo foi uma experiência importante, de conhecimento e preparação para as próximas etapas que começam a surgir na sequência. No dia 9 de dezembro de 1974, pela Lei Estadual nº 5.076, a Instituição recebeu as edificações e instalações que tinham sido projetadas para um hospital psiquiátrico, que acabaram sendo abandonadas. Em 1975, a Universidade saiu do Seminário Diocesano para sua nova casa, espaço que permanece até hoje.

Pouco antes de se transferir para o novo campus, a Instituição deu passos importantes com a criação de novos cursos. Veio Administração e Ciências Contábeis.

“A juventude de hoje desconhece esse processo importante e eu diria, sem sombra de dúvidas, que todas essas etapas foram e continuam importantes, para ser o que é hoje nossa Unochapecó”, lembra a professora Eli Maria Bellani, que leciona na Instituição desde que tudo começou.

Até 1990 a Fundeste atuou na execução das atividades do ensino superior, quando uniu-se com outras fundações para constituir a Universidade do Oeste, que assumiu a condução das ações do ensino superior em Chapecó através de um campus. Mesmo com suas atividades acadêmicas desativadas, a Fundeste permaneceu com personalidade jurídica, o patrimônio do campus e os cursos, e foi co-mantenedora da Fundação Unoesc até 2001.

Diante da aspiração de constituição de uma universidade em Chapecó, no segundo semestre de 2000 começaram os encaminhamentos para a sua reativação. Em março de 2001 a Fundeste foi reativada operacionalmente e em 27 de agosto de 2002 assumiu integralmente as atividades do Campus Chapecó, que transformou-se na Unochapecó, em um processo que contou com a participação de diferentes segmentos da sociedade regional, integrantes de comissões de trabalho e de organismos da fundação.

Expansão da região pelo conhecimento

Completar 50 anos é para poucos. Porém, se considerarmos o tempo de tantas universidades históricas do mundo, ainda temos muita caminhada pela frente. Mas é com orgulho que a Unochapecó, desde que foi criada, segue seu propósito de fazer a diferença na vida de tantas pessoas. Por isso, é difícil pensar no desenvolvimento do Oeste sem citar a presença da Fundeste/Unochapecó.

“Chapecó necessitava de pessoas capacitadas e técnicas, porque crescia a passos largos, e nessa mesma época, também se instalavam na cidade grandes empresas, portanto, houve a necessidade de termos cada vez mais pessoas técnicas, com conhecimento específico”, comenta o presidente da Fundeste, Vincenzo Mastrogiacomo.

A partir dessas demandas, também foram surgindo novos cursos, e com o passar do tempo os profissionais formados começaram a desenvolver não somente Chapecó. “Pouco a pouco a região foi absorvendo essa mão de obra e os formandos foram se instalando em outras cidades, pelo país e pelo mundo inteiro”.

O objetivo de oferecer ensino de qualidade rendeu à Universidade resultados significativos nesse trajetória. Estar entre as melhores universidades do país é uma delas.

“É muito difícil chegar nessa posição que a gente chegou, de tirar uma nota cinco e estar num grupo de 5% de todas as universidades do país que tem essa avaliação. Então, é um diferencial significativo e que nos orgulha muito”, afirma o reitor da Unochapecó, professor Claudio Alcides Jacoski.

Um dos pontos avaliados para receber essa nota é a infraestrutura. Hoje, a Universidade conta com 143 laboratórios e 167 salas de aula. A área total da Unochapecó é de 148.100m2, e a Unidade Fora de Sede de São Lourenço do Oeste de 272.515,7m2.

A Instituição é uma Universidade Comunitária, o que quer dizer que todo o seu recurso é revertido na manutenção dela mesma, especialmente, na realização de diversos projetos sociais na comunidade em que atua, além de projetos de pesquisa que contribuem para o desenvolvimento regional. E esse espírito comunitário, com o qual a Universidade foi criada, só se fortaleceu com o passar do tempo. Prova disso é a quantidade de pessoas que foram atendidas pelos programas e projetos de extensão da Uno só nos últimos quatro anos, que representam um total de mais de 550 mil.

E falando em pesquisa, a Universidade também é pioneira na área da pós-graduação, com cursos de especialização, mestrado e doutorado. Inclusive, foi a primeira Instituição do Oeste catarinense a ofertar um curso de doutorado, seguindo sua trajetória desbravadora. Com o fortalecimento da formação de mestres e doutores, vem propiciando um novo tempo na produção de soluções para os problemas enfrentados pela comunidade, gerando conhecimento e capital intelectual para a região.

Os próximos 50 anos

Acreditar no futuro é o que move a Unochapecó. A Instituição sabe que não pode parar no tempo, pois o ensino superior passa e ainda passará por uma grande transformação. “Por isso nós instituímos um projeto chamado de reestruturação acadêmica, que vai dar conta para que, em 2021, nós tenhamos um modelo novo de oferecimento de ensino e aprendizagem para os nossos estudantes”, explica o reitor. Esse modelo vai ser baseado num sistema que é chamado de Aprendizagem Baseada em Experiência (ABEX).

A Universidade também tem seu foco na área da inovação, acreditando que ela será a peça fundamental para os novos rumos da região. Tal característica já vem rendendo importantes colocações à Uno, como estar entre as universidades mais empreendedoras do país. “Junto com isso, outros projetos estão associados, um deles é o StartMais, que vai fazer com que jovens do ensino médio já possam ser introduzidos nesse modelo, que eles possam participar de um processo de criação de soluções e melhorias das condições da vida humana, a partir das ideias que eles têm”.

Outra grande novidade ficará por conta da criação da Escola de Ensino Médio da Unochapecó, que está em desenvolvimento e pretende ser entregue também em 2021. “Será um espaço diferenciado, novo, de aprendizagem totalmente diferente, baseado em experiência, também ligado à ABEX, que vai ser uma marca do processo de formação da Unochapecó daqui pra frente. Enfim, será um novo processo de desenvolvimento regional realizado pela inovação”.

O trabalho segue. Atualmente, a Unochapecó possui mais de sete mil estudantes. São 46 cursos de graduação presencial em Chapecó e São Lourenço do Oeste, e 11 cursos na modalidade a distância, ofertados em seis unidades. O ensino, a pesquisa e a extensão, tudo precisa estar voltado justamente para desenvolver.

“Não podemos ficar parados, precisamos nos reinventar, avançar e utilizar todos os meios, tanto pessoal, material, quanto a nossa estrutura toda, para que a gente possa, efetivamente, dar condição de crescimento e aperfeiçoamento a todos esse jovens”, completa Vincenzo.

Tudo que a Universidade viveu e proporcionou nesses 50 anos de vida é muito representativo. Quem passou pela Fundeste/Unochapecó durante essas cinco décadas, seja na graduação, na especialização, em eventos, ou até mesmo com algum atendimento nos nossos projetos e programas de extensão, certamente conheceu a sua essência. E se identificou! Afinal, ela tem um pouco de cada um de nós. E isso é o que move a Universidade a seguir com grandes planos para o futuro, sempre acreditando que o conhecimento é capaz de transformar o mundo.

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